No início da indústria cinematográfica os filmes eram editados linearmente, ou seja, as películas com as diversas tomadas eram cortadas e depois coladas na sequência desejada. Também chamada de edição-linear, ou seja, processo tradicional de edição de vídeo, criado antes do surgimento do micro-computador. O nome 'linear' decorre da forma como as imagens são acessadas nos originais e montadas na versão final: como as mesmas encontravam-se em fitas, é necessário efetuar uma busca sequencial, linear das mesmas; como o resultado é gerado também em uma fita, é gerado sequencialmente, linearmente, uma imagem após a outra. Não é possível através deste processo, por exemplo, inserir uma imagem entre outras duas já pré-gravadas na fita sem refazer todo o processo desde seu início.
Edição não-linear é o processo de digitalizar/capturar, as imagens que foram gravadas em um dos formatos (betacam/ digital/ super VHS/ DV/ HDV entre outros), para dentro de um computador e trabalhar com elas sem o uso de vários vídeos controlados por um editor, gerador de caracteres, mesas de efeitos, aparelhos de som e todo aquele grande conjunto de cabos e fios que são necessários para as convenções da “Ilha de edição convencional”.
Pode ser chamada de edição não-linear pela forma com que trabalha os vídeos. Nesta forma de edição não existe a necessidade de se trabalhar cada imagem no momento em que deve aparecer, podemos trabalhar cada imagem na medida da necessidade.
O nome 'não-linear' decorre da possibilidade que as imagens tem de serem acessadas de modo aleatório (ao contrário de uma fita de vídeo, onde o acesso é sequencial), uma vez que encontram-se gravadas no disco do computador (que possibilita este tipo de acesso, denominado randômico).
Os primeiros aparelhos de edição não linear eram computadores projetados apenas para esta função. Atualmente são usados computadores padrão com software proprietário como: Final Cut Pro (somente para Macintosh), Adobe Premiere (Tanto para PC quando para MAC), Avid (Tanto para PC quando para MAC) e Sony Vegas. Existe software livre para executar essa tarefa como: Avidemux (Multiplataforma), VirtualDub (somente para Windows) e outros.
Hoje praticamente qualquer um pode montar uma estação não linear. Quanto mais velocidade os processadores atingirem, hoje ultrapassam a barreira dos 4000Mhz, mais rápido e fluido se torna o trabalho. Outra vantagem é que a maioria das placas-mãe de ultima geração possuem as conexões IEEE - 1394 (firewire). Com câmera mini-dv e uma estação firewire e alguns programas de áudio e vídeo, você terá uma ilha de edição ou até mesmo uma produtora.
Requisitos desejáveis em um computador para edição:
· um HD somente para armazenar os dados (vídeo) e outro para os programas e o sistema operacional da máquina. Esta providência torna mais fácil operações como formatação e desfragmentação do disco, procedimentos recomendáveis periodicamente para melhorar a performance do sistema. Se possível ainda, o micro deve ser dedicado somente para edição de vídeo, minimizando assim eventuais conflitos com outros programas.
· HD com baixo tempo de acesso: quanto menor a velocidade com que o HD consegue localizar uma posição específica dentro do mesmo para ler ou gravar informações, melhor. Na escolha entre dois HDs, quanto menor este tempo (que pode tornar mais ou então menos demorado o processamento de efeitos por exemplo), melhor.
· memória RAM superior a 1 Gb.
A edição-não-linear envolve 3 etapas principais:
Na primeira etapa o material a ser editado é transferido para o HD em um processo denominado captura, através de uma placa instalada no computador e da conexão da câmera ou VCR à mesma através de cabos específicos. É possível, no entanto transferir para o HD o material a ser editado sem o uso de uma placa instalada internamente no micro, utilizando-se para isso um dispositivo externo de captura. Estes dispositivos são conectados através de cabos à câmera ou VCR e com o micro geralmente através de uma conexão USB ou FireWire.
Tendo sido o vídeo gravado dentro do computador, pode ter início o processo de edição (segunda etapa).
No próximo post seguiremos com este assunto.
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